domingo, 15 de abril de 2012

COMO VAI VOCÊ ?

por Tania Paupitz - tania.paupitz@gmail.com

Ser feliz é um estado de espírito, geralmente, conquistado através de uma grande força de vontade e, principalmente, da nossa disponilidade interna para encararmos as mudanças pessoais, importantes para nosso processo evolutivo.

Não é cena incomum encontrarmos alguém que nos pergunta: - Como vai você?
As respostas podem ser as mais variadas, porem, as mais comuns são: – “esta tudo ótimo” ou, "não estou muito bem” e ; neste caso, a pessoa em questão poderá dar inicio a uma série de queixas e lamúrias com relação a seus problemas pessoais.
No caso da pessoa que responde: “está tudo ótimo comigo”, nem sempre sua resposta poderá estar de fato correspondendo a sua realidade interna de infelicidade.
Quantas pessoas que aparentam uma extrema felicidade não são infelizes?
Nao raro, encontramos pessoas com sorrisos forçados, risadas inusitadas, que não são felizes; vivendo suas vidas através de uma aparência nem sempre condizente com sua realidade interna.
Convivemos hoje com situações muito mais estressantes do que há alguns anos atrás; a famosa doença do século - as depressões e síndromes do pânico tão em voga nos dias atuais ; o esgotamento nervoso ocasionado por uma vida estressante e corrida ; as reações emocionais exageradas de pessoas que , sem qualquer motivo aparente, "explodem " dando vazão a uma violencia exarcebada, geralmente, oriunda de processos infelizes.
Acredito que quando deixamos aberta a porta da nossa mente, todos os tipos de pensamentos surgem, ocasionando o que poderíamos chamar de um estado total de inconsciência.
No livro , “O Despertar de uma Nova Consciência” de Eckhart Tolle, ele comenta o seguinte:
“quase todas as pessoas ainda estão identificadas com o fluxo incessante da mente, do pensamento compulsivo, em sua maior parte repetitivo e sem importância.
Não existe nenhum “eu” fora dos nossos processos de pensamentos e das emoções que os acompanham.
“E é esse o significado de ser espiritualmente inconsciente”
No momento em que conseguimos romper com a identificação dos nossos pensamentos, somos capazes de sentir a mudança interior em nosso estado de espirito, deixando de ser o conteúdo de nossas mentes, para nos tornarmos a consciência lá no fundo.
Estes são os momentos inusitados, aonde podemos experenciar um estado alterado de consciencia, aonde predominam sentimentos profundos como: uma alegria indefinivel, paz interior, serenidade, oriunda de uma conexão maior com nossa essencia interior.
Imaginemos nossa mente como um grande jardim que diariamente necessita ser cultivado, regado, podado.
Se deixarmos nossa mente à deriva, as “ervas daninhas”, que são os nossos pensamentos negativos acabam tomando conta do nosso jardim mental.
Por isso, a consciência de que àquilo que estamos conquistando deva ser preservado, ou seja, se meu jardim esta florido, bonito e limpo, porque vou deixar que ervas daninhas, venham lhe tirar sua beleza ?
Estar consciente daquilo que cultivamos no dia a dia nos obriga ao exercício mental ; treinando nossa mente para que o positivo prevaleça, fazendo com que ao respondermos a alguém: " estou ótimo", de fato e de direito estejamos!
É fácil? Claro que não!
É um treinamento diário que exige de nós uma alta performance , em termos de, persistência , força de vontade; nos oferecendo várias possibilidades para exercê-la com eficácia: ou podamos nosso jardim cortando as ervas daninhas que surgirem no meio do caminho, ou ainda, nos utilizamos do método da “substituição” , acrescentando mais flores que , com certeza, irão deixar nosso jardim mais florido e bonito.
A felicidade é algo inerente a todos nós e, podemos estar escolhendo através do nosso livre arbítrio, os pensamentos que nos trazem felicidade ou infelicidade.
A emoção em si não é a infelicidade. Apenas a emoção associada a uma historia triste é infelicidade.
Portanto, lembremos que na essência da nova consciência esta a transcendência do pensamento, a recém-descoberta capacidade de nos elevarmos ao pensamento, de compreendermos uma dimensão dentro de nós que é infinitamente muito maior do que ele.

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