quarta-feira, 17 de agosto de 2011

APRENDENDO ATRAVÉS DOS SONHOS

por Tania Paupitz

Dia destes, finalizando um trabalho que apresentaria para um Grupo de Estudos do qual faço parte, comecei a observar melhor meus sonhos, percebendo que após, ao término deste estudo, tornaram-se mais reais e conscientes, trazendo-me a oportunidade para o autoconhecimento.

Quando surgiu a idéia de escrever alguma coisa sobre este assunto, tive um sonho bastante interessante, que gostaria de poder estar compartilhando. O sonho estava relacionado ao meu companheiro, que abraçado a sua mãe já falecida, chorava copiosamente por seu falecimento.

Dentro da mesma sequência, como se slides estivessem sendo passados, o mesmo, encontrava-se deitado numa cama, lamentando-se e sentindo muitas dores, falando seguidamente, sobre doenças.

Quando despertei no dia seguinte, lembrei nitidamente do sonho e comentei com meu companheiro. O dia seguiu dentro da mesma rotina e, quando estava na Academia, um pensamento muito forte surgiu a minha mente; era tão coerente e conciso, tal qual a realidade do sonho que instantaneamente retornou a minha memória.

O aviso, ou "flash", ou ainda, a mensagem veio da seguinte maneira: "acorde para a vida, vivencie o seu lado sensível, procure sorrir com mais frequencia, externe os seus sentimentos, seja mais espontâneo..."

Naquele momento, percebi claramente que a mensagem era destinada ao meu companheiro, já que por natureza, apesar de ser uma pessoa maravilhosa, é uma pessoa bastante fechada.

Quando retornei à minha casa, conversamos e pude expor aquilo que havia sentido com relação ao sonho. Apesar do silêncio e nenhum tipo de comentário ter surgido, pude sentir um grande alívio pelo fato de poder ter transmitido o "recado" a ele...

Ainda, com relação ao trabalho sobre sonhos, acabei encontrando muita coisa em pesquisas de livros, sites, etc., que acabaram proporcionando-me um maior aprendizado sobre o assunto. Todo sonho, não deixa de ser uma ferramenta importante para as pessoas que se interessam, pelo seu mundo interior e pela sua evolução espiritual.

Dentro da literatura Espirita-Kardecista, do livro "Estudando a Mediunidade - de Martins Peralva", ou ainda, "Minha vida nos Sonhos de Trigueirinho", encontramos a definição de vários tipos de sonhos, entre eles, gostaria de destacar: os SONHOS COMUNS, os REFLEXIVOS e os ESPIRITUAIS.

Geralmente, a maioria dos nossos sonhos são comuns pois, são as impressões que nosso cérebro registrou durante o dia e, que vem a superfície durante o sono. Todas as nossas emoções e sensações psicológicas ou ate mesmo sensações físicas agradáveis e desagradáveis vividas durante o dia, afloram no período do sono.

Por este motivo, frequentemente, ao acordarmos não nos lembramos do que sonhamos ou, se lembramos, não conseguimos entender o sonho, pois eles, quase sempre não possuem uma ordem cronológica, tampouco, uma ordem de locais e pessoas definidos.

Acredito que o sonho que vivenciei com relação ao fato mencionado, esteja diretamente, relacionado ao tipo de "SONHO REFLEXIVO". Estes sonhos são , geralmente, mais significativos para o nosso autoconhecimento, bem como, as fortes impressões vividas, chegam com mais facilidade a superfície do conhecimento.

Já nos Sonhos Espirituais, há o contato do espírito desdobrado do corpo físico com outros espíritos encarnados ou desencarnados. Geralmente neste estágio de sonho, as pessoas costumam relatar diálogos com amigos ou parentes desencarnados, recados ou pedidos (estes nem sempre validos) de espíritos que já vivem na dimensão espiritual.

O que aprendi estudando sobre os Sonhos?

A primeira coisa foi tornar-me mais consciente, não tentando obter um significado imediato mas, sobretudo, procurar através da compreensão, um sentido mais profundo do sonho, verificando que tipo de mensagem poderia conter e, de que forma, este tipo de aprendizado, se encaixaria em minha vida pessoal ou , na de pessoas próximas.

Lembrando uma frase de Paulo Coelho: O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar, e correr o risco de viver seus sonhos".

Então, por que não SONHAR?

O que seria de nós, espíritos, se vivêssemos encarnados sem poder sonhar, sem poder voltar ao contato com o plano espiritual que, afinal de contas, é a matriz?

Por outro lado, é através do sono e do sonho que exercitamos a morte, que pode ser considerada a emancipação definitiva.

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